A guarda costeira italiana coordenou as operações de salvamento de mais 1800 migrantes, elevando para mais de 30 mil o total de resgatados desde o início deste ano.
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Os 1800 migrantes foram salvos na quinta-feira do mar ao largo da Líbia, em dez operações envolvendo barcos operados pela marinha italiana, pela guarda costeira, pela polícia alfandegária, pela agência fronteiriça da União Europeia (UE) Frontex e pela ONG Médicos Sem Fronteiras.
As mais recentes chegadas elevam o número total de refugiados ou de outros migrantes entrados em portos italianos desde 1 de janeiro para mais de 30 mil, ligeiramente acima do total de 2015 nesta altura do ano.
Qualquer aumento repentino nas chegadas de migrantes a Itália tende a desencadear o medo de que ocorra um aumento muito superior no verão, após o acordo entre a UE e a Turquia que reduziu drasticamente o número de requerentes de asilo que chegam às ilhas gregas.
Mas as autoridades governamentais italianas e as agências de ajuda dizem não haver, até agora, provas de que tal vá acontecer e apontam a existência de dificuldades logísticas para os migrantes atualmente na Turquia chegarem à Líbia.
A grande maioria dos migrantes que estão a usar a Líbia como saída para uma viagem com destino a Itália tem sido este ano, até agora, sobretudo proveniente da África subsaariana.
Alguns políticos italianos têm repetidas vezes expressado preocupação quanto à possibilidade de os migrantes atualmente na Líbia, estimados em um milhão, tentarem entrar na Europa por barco.
Mas especialistas líbios dizem que muitos destes migrantes trabalham na Líbia há anos, e que é improvável que embarquem numa viagem arriscada no Mediterrâneo, a não ser que a segurança ou a situação económica do país se deteriorem de forma acentuada.