Mais de 300 pessoas terão tido contactos diretos ou indiretos com pessoas infetadas com ébola na cidade de Mbandaka, na República Remocrática do Congo.
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O governo congolês confirmou "dois casos suspeitos de febre hemorrágica" na zona de Wangata, em Mbandaka, e uma das amostras "revelou-se positiva para a doença provocada pelo vírus do ébola", disse em comunicado o ministro da Saúde, Oly Ilunga.
Há 44 casos de ébola registados
"Estimamos que mais de 300 pessoas tenham tido contacto direto ou indireto com as pessoas contaminadas pelo vírus ébola em Mbandaka", disse à agência AFP um médico de um hospital geral da cidade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta quinta-feira a descoberta de um primeiro caso de ébola em zona urbana na República Democrática do Congo (RDCongo).
Os casos registados até ao momento situavam-se apenas nas zonas rurais.
Na quarta-feira, a RDCongo recebeu cerca de 5400 doses de uma vacina contra o ébola de forma a travar a epidemia.
Autoridades declararam a 8 de maio uma epidemia de ébola
As autoridades da RDCongo declararam a 8 de maio uma epidemia de ébola no noroeste, perto do Congo-Brazzaville.
Até esta quarta-feira, as autoridades locais já contabilizou 44 casos de ébola, dos quais três foram confirmados em laboratório, 20 figuram como prováveis e 21 suspeitos, segundo a OMS.
Esta é a nona eclosão do ébola na RDCongo desde que se descobriu o vírus em 1976 neste país.
O ébola transmite-se por contacto direto com o sangue e fluidos corporais dos animais infetados, causando hemorragias graves.
A taxa de mortalidade pode atingir os 90%.