A violência na Síria fez no passado mês de setembro 4219 mortos, incluindo 1201 civis, divulgou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Corpo do artigo
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), este número revelou um decréscimo face ao mês anterior (agosto), altura em que foram contabilizadas 4830 mortes.
Em setembro, entre as vítimas mortais civis constavam 257 menores e 141 mulheres.
A maioria das vítimas civis morreu na sequência dos bombardeamentos conduzidos pelas forças do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, indicou o OSDH, precisando que as ofensivas de Damasco causaram 489 baixas civis.
A organização referiu igualmente que 41 pessoas foram assassinadas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) e que 18 morreram durante os ataques aéreos da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.
Do lado dos opositores do regime sírio, pelo menos 1731 combatentes perderam a vida. Entre estes combatentes, 557 eram sírios oriundos de diversas fações islamitas e curdas e quatro eram desertores das forças governamentais.
Os restantes 1173 milicianos eram membros estrangeiros da Frente al Nosra (grupo sírio com ligações à al-Qaeda) e do EI, bem como do radical Exército dos Emigrantes e dos Defensores.
As fileiras do regime de Damasco sofreram um total de 1273 baixas: 606 efetivos das forças regulares, 615 milicianos pró-governamentais, 30 membros do grupo xiita libanês Hezbollah e 22 combatentes xiitas de outras nacionalidades.
A Síria é desde março de 2011 cenário de uma guerra civil que já provocou mais de 240 mil mortos, segundo o observatório.
Na quarta-feira, a aviação russa iniciou ataques aéreos na Síria, ação que poderá afetar o curso do conflito.
Moscovo, um aliado tradicional do regime de Damasco, garante que os bombardeamentos visaram posições do EI, mas os Estados Unidos e a França admitiram que outros grupos possam ter sido visados.
Segundo a Coligação Nacional Síria (CNFROS), o principal grupo da oposição síria, pelo menos 36 civis morreram nestes primeiros ataques russos.