O grande incêndio florestal que lavra há quase dois dias em Tenerife, a maior ilha do arquipélago das Canárias, em Espanha, já obrigou à deslocação de mais de três mil pessoas e ao confinamento de uma área urbana correspondente a 3400 habitantes.
Corpo do artigo
“O incêndio mais complexo das Ilhas Canárias dos últimos 40 anos”, como lhe chamou o presidente do governo regional, Fernando Clavijo, não tem dado tréguas aos bombeiros há quase dois dias. Por segurança, as autoridades e o governo regional decidiram confinar cinco localidades: Barranco Hondo, Las Rosas, Los Apaches, Pinolere e La Esperanza. Foram ainda deslocados os residentes de El Rosario e La Resbala.
Ao mesmo tempo, Fernando Clavijo recomendou que os residentes nas áreas afetadas se apetrechem com lanternas, velas e baterias para o caso de ser necessário realizar interrupções de energia que, assegurou, serão anunciadas “com antecedência”.
A Endesa, que opera a rede de fornecimento de eletricidade em alta nas Ilhas Canárias, garantiu esta quinta-feira que o fogo não ameaça nenhuma das duas centrais elétricas e que não houve, até ao momento, necessidade de cortar o fornecimento elétrico em qualquer linha de distribuição.
O fogo de Tenerife começou às 22 horas da noite de terça-feira, hora portuguesa, e em menos de 48 horas já queimou 1600 hectares de floresta, revela o jornal 'El País', o que representa 1,27% da superfície da maior ilha das Canárias.
Há, até ao momento, seis municípios afetados e estão cortados os acessos ao Parque Nacional do Teide, o pico mais alto de Espanha e onde está situado o vulcão Teide, na zona interior da ilha, e local de forte procura turística.
Esta quinta-feira, segundo as autoridades espanholas, o incêndio está a ser combatido por 250 bombeiros e militares, apoiados por 17 meios aéreos, mais três do que na quarta-feira.