Presumíveis membros do grupo radical islâmico Boko Haram raptaram mais oito raparigas, entre os 12 e os 15 anos, de uma localidade do norte da Nigéria, informou, esta terça-feira, o jornal local "The Vanguard", citando testemunhas.
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O rapto, ocorrido na noite de domingo em Warabe, é conhecido um dia depois do Boko Haram ter reivindicado o sequestro a 14 de abril de mais de 200 raparigas de uma escola em Chibok, igualmente no norte da Nigéria.
Uma testemunha citada pelo jornal disse que mais de 20 homens armados atacaram Warabe e levaram as oito menores em vários veículos.
No ataque, sem mortos, os alegados terroristas roubaram ainda gado e alimentos, antes de fugirem na direção da fronteira com os Camarões, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Num vídeo em que reivindica o ataque de meados de abril, o líder do grupo extremista, Abubakar Shekau, disse que as raparigas raptadas vão ser tratadas como "escravas", "vendidas" e "casadas" à força.
Duzentas e setenta e seis raparigas adolescentes foram raptadas a 14 de abril da escola que frequentavam em Chibok, no estado de Borno. Segundo a polícia, 53 raparigas conseguiram fugir, mas 223 continuam sequestradas.
Os fundamentalistas do Boko Haram pretendem criar um estado islâmico no norte da Nigéria, essencialmente muçulmano, ao contrário do sul, onde os cristãos estão em maioria.
Só este ano, mais de 1.500 pessoas morreram em ações atribuídas ao grupo extremista.
A Nigéria, com cerca de 160 milhões de habitantes, é o país mais populoso de África.