A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, prémio Nobel da Paz, confirmou esta quinta-feira que irá estudar na Universidade de Oxford, na licenciatura de Filosofia, Política e Economia.
Corpo do artigo
"Tão contente por ir para Oxford!", escreveu Malala, de 20 anos, na sua conta no Twitter, que tem mais de 776 mil seguidores.
898083175213260800
No início do ano, a ativista pelo direito das raparigas à educação revelou numa conferência ter recebido uma oferta para se matricular numa universidade do Reino Unido, que não identificou, acrescentando que só poderia matricular-se se obtivesse a máxima pontuação em três disciplinas nos exames de acesso.
No seu "tweet", Malala envia "os melhores votos" aos restantes estudantes britânicos que esta quinta-feira conheceram os resultados das suas candidaturas à universidade.
A licenciatura de Malala foi também escolhida em tempos por algumas figuras da política internacional, como a antiga primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto, a ativista birmanesa pela democracia Aung San Suu Kyi ou o ex-primeiro-ministro britânico conservador David Cameron, entre outros.
5781796
Malala escapou à morte 2012 no seu país natal, o Paquistão, depois de os talibãs tentarem assassiná-la a tiro quando se encontrava a caminho da escola, em represália por ter feito campanha pública em defesa do acesso das meninas à educação.
O ataque provocou ferimentos graves na cabeça de Malala, que foi transferida para o hospital Queen Elizabeth de Birmingham (centro de Inglaterra) onde foi tratada com êxito.
Em abril, a ONU nomeou-a mensageira da paz e em 2014 tornou-se, aos 17 anos, a pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz, pela sua campanha em favor da escolarização das meninas, especialmente em zonas de conflito.
Em 2013, Malala e o seu pai, Ziauddin, criaram uma fundação para sensibilizar para o impacto social e económico da educação das raparigas.