A polícia italiana efetuou, este sábado, várias cargas contra um grupo de manifestantes, nas imediações do Ministério da Economia, em Roma , onde milhares de pessoas protestam contra a austeridade e o Orçamento do Estado para 2014.
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Dezenas de milhares de pessoas, provenientes de vários pontos do país, saíram, este sábado, às ruas da capital italiana para protestar "contra a austeridade e a precariedade", num país onde o desemprego alcançou 12,2% da população ativa em agosto e cuja economia, a terceira maior da Europa, enfrenta uma dura recessão.
Nas ruas de Roma estarão cerca de 70.000 pessoas, segundo a organização, 50.000 mil de acordo com número divulgados pela polícia, citados pela agência noticiosa francesa AFP.
"Protestamos contra uma austeridade que está a pôr o país de joelhos", afirmou Piero Bernocchi, responsável do sindicato autónomo Cobas, citado pela imprensa italiana.
"Vamos cercar a cidade", gritavam estudantes, citados pela AFP, enquanto marchavam pelas ruas de Roma , que hoje acordou praticamente encerrada.
Mais de uma dezena de pessoas foram detidas ainda antes do início da manifestação, tendo a polícia apreendido correntes, bastões e facas.
A manifestação foi convocada por sindicatos e movimentos antissistémicos para contestar as medidas previstas no Orçamento do Estado, que tem como objetivo reduzir o défice da Itália para 2,5% no próximo ano.
Um forte dispositivo policial, com 4.000 agentes da polícia, protege vários edifícios estratégicos, principalmente os ministérios. A maioria das lojas na capital italiana nem sequer abriu portas por temer incidentes.
Nas imediações do Ministério da Economia as foças de segurança levaram a cabo várias cargas policiais contra um grupo de manifestantes, muito deles encapuçados, depois de terem sido atacadas com garrafas e petardos.
A janela de uma agência bancária do UniCredit, o maior banco da Itália, foi vandalizada por um grupo de manifestantes.
Testemunhos recolhidos pelas agências noticiosas internacionais referem que várias pessoas foram detidas pelas autoridades.