Os manifestantes concentrados desde 15 de Maio na Puerta del Sol, em Madrid, continuam sem decidir o que vão fazer com o acampamento, questão que vai voltar a ser debatida este domingo, numa assembleia-geral marcada para as 20. 00 locais.
Corpo do artigo
No acampamento em si, como constatou a reportagem da agência Lusa, mantém-se os debates das várias comissões, que agora analisam ainda as propostas recebidas nos últimos dias de representantes de meia centena de outros acampamentos em diferentes cidades espanholas.
Grande parte das atenções voltam-se para o debate sobre o que fazer com o acampamento, nomeadamente a decisão maioritária de reduzir a presença na praça até um posto simbólico de informação, terminando o componente de 'acampada'.
O cansaço, os problemas de vária ordem que afectam o acampamento e as dificuldades em conseguir consensos - no sistema de democracia participativa das assembleias - tornam a decisão final mais complexa.
Com o intuito de desbloquear a decisão na assembleia está na mesa uma proposta que pretende definir um novo modelo de "consensos não unânimes", caso a oposição a qualquer proposta seja de menos de 20 pessoas.
Em casos onde a oposição seja maior, os que estão contra terão que reunir-se expressando depois, claramente, à assembleia "o que pensam, porquê, para quê e como".