Milhares de ucranianos cercaram, esta terça-feira de manhã, o Parlamento ucraniano, exigindo a demissão do presidente Viktor Ianukovitch e envolvendo-se em violentos confrontos com a polícia.
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20 mil pessoas estão concentradas em frente ao Parlamento ucraniano e um repórter diz que vários manifestantes invadiram mesmo a sede do partido do presidente.
A polícia utilizou balas de borracha contra os manifestantes, que responderam com pedras contra os agentes que protegem o Parlamento.
Esta terça-feira, os deputados ucranianos devem analisar um projeto de reforma constitucional que reduz os poderes do presidente em benefício do governo e do Parlamento.
Os confrontos acontecem um dia depois da entrada em vigor de uma lei de amnistia, que estipula a retirada das acusações contra os manifestantes que ocuparam edifícios públicos.
A crise política na Ucrânia começou em finais de novembro quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia.
Depois dos confrontos do final de janeiro, desencadeados pela aprovação de legislação limitadora do direito de manifestação, Governo e oposição iniciaram negociações que levaram à demissão do primeiro-ministro, Mikola Azarov, e a evacuação da câmara municipal de Kiev e de outros edifícios públicos ocupados por manifestantes.
O processo negocial permitiu ainda a aprovação de uma amnistia para todos os manifestantes detidos em confrontos com a polícia.