Manifestantes invadem Castelo de Edimburgo exigindo recuperar "o que pertence ao povo"

Manifestantes invadem Castelo de Edimburgo para recuperar o que "pertence ao povo"
Ben Guerin/Unsplash
Castelo de Edimburgo, na Escócia, foi alvo de um protesto por um grupo de 20 pessoas, que alegam que o edifício"pertence ao povo" segundo um artigo da Magna Carta, documento real de 1215. Um polícia ficou ferido durante a detenção de um manifestante.
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De acordo com o "Historic Environment Scotland", um departamento criado para investigar, tratar e promover o património histórico da Escócia, um grupo de 20 pessoas invadiu o Castelo de Edimburgo, na terça-feira, alegando que, segundo a Magna Carta, um documento que pretendia limitar os poderes do rei, o castelo deveria ser entregue ao povo.
Os manifestantes começaram a fazer uma transmissão em direto para a rede social Facebook, tendo uma mulher dito que o castelo "pertence ao povo" e o que estavam a fazer era apenas "retomar o poder", num esforço para "restaurar o estado de direito".
Um outro manifestante referiu ainda que "a traição já dura há muito tempo" e não podiam "sentar e deixar que todos morram sob uma legislação estúpida e uma governação de tirania fraudulenta". O homem acrescentou que era o momento para "reunir tudo de volta e não se trata apenas do castelo".
Segundo especialistas, o artigo, que os manifestantes apontam, foi riscado da Magna Carta um ano após a sua assinatura e o documento real nunca foi aplicado na Escócia, pois trata-se de um documento que foi assinado antes do acordo legislativo que uniu a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda no Reino Unido.
A polícia escocesa foi chamada ao local, depois de os manifestantes se recusarem a deixar o castelo. Vários visitantes tiveram de abandonar o edifício e um agente ficado ferido quando fazia a detenção de um manifestante.
