Centenas de pessoas ocuparam, esta quinta-feira, a sede do Ministério de Minas e Energia do Brasil, em Brasília, para pedir a suspensão da adjudicação do campo de Libra, a maior jazida de petróleo do país.
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Segundo a Polícia Militar, citada pela imprensa brasileira, cerca de 120 pessoas fecharam a porta de acesso ao prédio. Os organizadores do ato, Via Campesina, Plataforma Operária e Camponesa para Energia, e Movimento dos Sem-Terra, afirmam o grupo de manifestantes envolve cerca de mil pessoas.
O grupo pede a suspensão do leilão da reserva, que fica na bacia de Santos, e um encontro com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A adjudicação está prevista para a próxima segunda-feira.
A concessão motivou também um protesto de trabalhadores, que iniciaram uma greve por tempo indefinido na quarta-feira. Ao todo, 42 plataformas da Petrobras foram atingidas pela paralisação, afirmou a Federação Única dos Petroleiros (FUP), citada pela "Folha de São Paulo".
Nove empresas de petróleo estão inscritas para a disputa do campo de Libra, entre elas a chinesa National Corporation (CNPC), a anglo-holandesa Shell, a colombiana Ecopetrol, a brasileira Petrobras, a francesa Total, a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) e o consórcio hispano-chinês Repsol-Sinopec, segundo a agência Efe.
O campo de Libra pode gerar cerca de um milhão de barris por dia, referem as autoridades.