Marinha espanhola quer construir um porta-aviões para se juntar ao "Juan Carlos I"
A Marinha espanhola já iniciou os procedimentos necessários para incorporar um porta-aviões na sua frota, que se irá juntar ao único de Espanha, o “Juan Carlos I”, e a outro semelhante, que ainda está por construir.
Corpo do artigo
De acordo com fontes militares, a Marinha espanhola encomendou à Navantia, uma empresa estatal de construção naval, um relatório de viabilidade sobre o porta-aviões. Se for aprovado, o objetivo é começar a construir o navio o mais rapidamente possível, embora o processo ainda esteja numa fase preliminar.
Tal como foi concebido, teria capacidade para 30 aviões e 40 mil toneladas. As mesmas fontes militares referem que a Marinha pretende que este se assemelhe ao francês "Charles de Gaulle", o único porta-aviões francês em serviço e porta-estandarte da Marinha francesa.
A principal diferença entre este futuro porta-aviões e o “Juan Carlos I” é o facto de ser anfíbio, ou seja, pode desembarcar em terra a no mar. Tem também capacidade para operar aviões e helicópteros. A Marinha também planeia adquirir outro semelhante ao "Juan Carlos I", mas as fontes consultadas não fornecem mais pormenores.
A Marinha quer adquirir novo equipamento no âmbito do aumento do investimento no setor da Defesa para 2% do PIB este ano, ao abrigo dos acordos com a NATO. A instituição publicou o documento “Armada 2050” para apresentar a sua visão, missão e projetos a médio prazo.
O Governo espanhol chegou a um acordo com a NATO que isenta o país de se comprometer a gastar os previstos 5% do PIB em Defesa, valor que o presidente, Pedro Sánchez, considera que seria uma percentagem “desproporcionada, desnecessária” e incompatível com o Estado social. Espanha não será obrigada a gastar mais de 2%.