A Itália está a braços com uma nova crise humanitária depois de mais quatro mil imigrantes ilegais terem chegado ao país em apenas dois dias. O Governo reclama o apoio da Europa para enfrentar o problema.
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A situação poderá agravar-se ainda mais uma vez que, segundo o ministro do Interior, entre 300 mil a 600 mil imigrantes estão na Líbia à espera de uma oportunidade para embarcarem em direção a Itália.
São, na sua maioria, sírios, eritreus, etíopes, nigerianos e sudaneses que fogem da guerra que se vive nos seus países, segundo o jornal "La Repubblica".
Em declarações à rádio pública RaiUno, AngelinoAlfano insta a União Europeia a tomar medidas "imediatamente", argumentando que "esta não é uma fronteira do Mediterrâneo, mas uma fronteira da Europa".
Na segunda e terça-feiras, a marinha italiana salvou cerca de quatro mil imigrantes ilegais que, partindo da costa africana, tentavam chegar à Sicília em embarcações frágeis e sem coletes salva-vidas. Num dos barcos foi encontrado um cadáver.
O salvamento ocorreu no âmbito da operação "Mare Nostrum", aprovada pelo governo na sequência da tragédia de 3 de outubro do ano passado, em que 366 imigrantes morreram perto da costa de Lampedusa.