Um espanhol acusado de tráfico de drogas e crime organizado foi posto em liberdade 48 horas antes do seu julgamento. O nome de Mohamed Mounir Molina constava da lista de presos a quem o rei de Marrocos concedeu indulto. Mais um caso polémico, depois da libertação de um pedófilo condenado.
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Preso há um mês, Mohamed Mounir Molina foi acusado de três crimes: tráfico de drogas, transporte de drogas e crime organizado. O cidadão, com dupla nacionalidade marroquina e espanhola, tinha julgamento marcado para 1 de agosto, mas o indulto do rei Mohamed VI de Marrocos chegou 48 horas antes.
Segundo informações do jornal morroquino "Lakome.com", citado pelo espanhol "El Mundo", Mounir Molina não devia estar incluído na lista de indultos, já que não cumpria as condições necessárias para a sua transferência para Espanha, nomeadamente, o facto de ainda não ter sido julgado e ter dupla nacionalidade.
O governo espanhol enviou duas listas ao governo de Marrocos. Numa das listas, composta por 30 nomes, solicitava-se a transferência dos detidos para cumprirem o resto da pena em Espanha. Na outra lista, com 18 nomes, as autoridades espanholas pediam indulto.
Ao chegar ao gabinete do rei de Marrocos, Mohamed VI, ambas as listas se misturaram sem haver explicação e os 48 presos foram perdoados.
Este caso surge depois da polémica em torno da libertação de Daniel Gálvan, que foi condenado a 30 anos de prisão por abuso sexuais de menores.