O ex-parlamentar da Florida Matt Gaetz, indicado por Donald Trump para ser o procurador-geral e comandar o Departamento de Justiça, desistiu da nomeação esta quinta-feira. O republicano justificou que a sua escolha pelo presidente eleito tornou-se uma "distração" para a futura Administração norte-americana.
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"Embora o ímpeto tenha sido forte, é evidente que a minha confirmação estava a tornar-se injustamente uma distração para o trabalho crítico da transição Trump/Vance", afirmou o antigo congressista, que renunciou à Câmara dos Representantes este mês, após a indicação. "Não há tempo a perder com uma querela desnecessariamente prolongada em Washington, pelo que retirarei o meu nome de consideração para servir como Procurador-Geral. O Departamento de Justiça de Trump deverá estar instalado e pronto no primeiro dia", acrescentou Gaetz.
"Continuo totalmente empenhado em garantir que Donald J. Trump seja o presidente mais bem-sucedido da história. Serei para sempre honrado pelo presidente Trump me ter nomeado para liderar o Departamento de Justiça e tenho a certeza de que ele salvará a América", completou.
A primeira baixa no Executivo de Trump, ainda antes da posse a 20 de janeiro, é um golpe na ambição do magnata de compor um Gabinete ocupado por leais trumpistas. Gaetz era uma das nomeações mais polémicas do conservador e teria dificuldades em ser aprovado no Senado, mesmo com uma maioria republicana.
Além de não ser bem visto por muitos partidários desde que foi responsável pela deposição de Kevin McCarthy do cargo de presidente da Câmara dos Representantes, o agora ex-parlamentar era alvo de investigações no Comité de Ética da Câmara por alegada má conduta sexual - devido a uma relação com uma menor - e consumo de drogas ilícitas.
Um dos potenciais substitutos de Gaetz é Todd Blanche, indicado como adjunto no Departamento de Justiça. Blanche foi advogado de Trump no caso de Nova Iorque em que o magnata foi condenado por 34 crimes devido ao pagamento irregular a uma atriz pornográfica.