"Mayor" quer que Helsínquia seja uma cidade de língua inglesa para atrair estrangeiros
O "mayor" de Helsínquia sugeriu que a capital finlandesa se deveria declarar uma cidade de língua inglesa, uma vez que muitos trabalhadores estrangeiros altamente qualificados estão a evitar aquele local em parte por causa dos exigentes requisitos de idioma.
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As duas línguas oficiais da Finlândia são o finlandês, que tem 15 casos gramaticais e é notoriamente difícil para os estrangeiros, e o sueco. Muitas empresas exigem que os funcionários finlandeses e do setor público dominem ambas.
Uma escassez cada vez maior levou o país a tentar oferecer aos trabalhadores estrangeiros e às suas famílias a oportunidade de se mudarem para a Finlândia durante 90 dias para ver se querem tornar a mudança permanente. No entanto, mais de 36% dos estudantes estrangeiros na Finlândia deixam o país até um ano depois da formatura devido à burocracia da imigração, os altos impostos e as dificuldades com o idioma.
"Helsínquia pode autodenominar-se uma cidade de língua inglesa, onde as pessoas que falam inglês não precisam de falar finlandês ou sueco", disse o "mayor" da capital, Juhana Vartiainen, ao jornal "Helsingin Sanomat".
Segundo Vartiainen, os esforços da cidade e do país para atrair e manter profissionais estrangeiros foram "um terrível fracasso". Para reverter esta situação, o "mayor" sugere que a capital deveria expandir o seu ensino de inglês aos jardins-de-infância e escolas primárias. "Mas essas são questões decididas em nível nacional", acrescentou.
A Finlândia tem um cenário de startups em expansão de seis mil milhões de euros e um dos maiores números de startups digitais per capita do mundo. Porém, especialistas dizem que o crescimento está a ser seriamente prejudicado por problemas de oferta de mão-de-obra.