Médico alemão acusado de matar 15 pacientes com relaxante muscular e incendiar casas
O Ministério Público de Berlim anunciou, esta quarta-feira, que indiciou um médico de cuidados paliativos pelos assassinatos de 15 pacientes, aos quais supostamente administrou uma combinação letal de medicamentos sem o consentimento das vítimas.
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O médico "administrava um analgésico e um relaxante muscular nos seus pacientes (...) sem o seu conhecimento ou consentimento", afirmou o MP de Berlim num comunicado. O relaxante muscular terá "paralisado os músculos respiratórios, levando a uma paragem respiratória e à morte em minutos", acrescenta a nota.
As vítimas são 12 mulheres e três homens, supostamente assassinados entre setembro de 2021 e julho de 2024. As vítimas tinham idades entre 25 e 94 anos.
Segundo a acusação, o médico, de 40 anos, chegou, em até cinco ocasiões, a incendiar os apartamentos de algumas vítimas para cobrir os vestígios.
Numa ocasião, o suspeito matou dois pacientes no mesmo dia. Na manhã de 8 de julho de 2024, matou um homem de 75 anos na sua casa no distrito de Kreuzberg, no centro da capital alemã. "Algumas horas depois" terá feito o mesmo com uma mulher de 76 anos no bairro vizinho de Neukoelln. Contudo, a tentativa de incendiar a segunda casa não funcionou, explicou o MP. "Quando percebeu isso, informou um parente da mulher, alegando que estava diante do apartamento e ninguém atendia a campainha".
Um mês depois, em agosto, o suspeito foi detido e está preso desde então. Inicialmente, foi acusado de quatro assassinatos, mas o número de supostos crimes aumentou com o avanço das investigações. O MP exige que seja proibido de exercer a profissão e pede a "prisão preventiva" para evitar novos crimes antes de um eventual julgamento.