Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi atingida por um tiro e morreu, domingo, num condomínio de luxo em Cuiabá, no estado brasileiro do Mato Grosso. A menina estava em casa da melhor amiga, que a terá matado com um disparo acidental, quando guardava uma pistola a pedido do pai.
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As duas jovens eram vizinhas e grandes amigas. Nesse domingo, Isabele iria passar a noite em casa da família da amiga como habitual. O pai estaria na parte inferior da casa e pediu à filha para guardar duas das suas sete armas no andar superior, onde se encontrava Isabele.
A adolescente pegou na mala onde estavam duas armas e subiu para as guardar e foi nessa altura que o disparo foi feito. "Ela subiu e chamou Isabele. Nesse momento a mala caiu no chão e abriu. Com uma das mãos ela segurou a mala e com a outra apanhou a arma que tinha caído. Ela perdeu o equilíbrio entre segurar a arma e a mala e a pistola disparou acertando em Isabele com um tiro na cabeça", explicaram as autoridades.
Outros membros da família também se encontravam dentro da casa e todos subiram quando o disparo ecoou na casa. Segundo a menor, o pai foi quem prestou socorro à vítima. Como eram vizinhos, o pai disse para chamarem a mãe de Isabele. Chamaram também um médico que também residia no condomínio para obter os primeiros socorros. Quando a ambulância chegou ao local já não havia nada a fazer.
A menor que acidentalmente disparou a arma é praticante de tiro desportivo, tal como o resto dos membros da família. Segundo a Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT), o pai e a menina participavam nas aulas e campeonatos há três anos. Contudo, segundo o advogado da família, a menina apenas praticava este desporto há três meses.
A menor afirmou que nem conseguia conceber a ideia de tirar a vida da melhor amiga. O agente responsável pelo caso, Olímpio da Cunha Fernandes Júnior, disse que ainda não acabou a investigação e que não tem todas as respostas, faltam ainda testemunhos de membros da família que estavam na casa.