Menina de 11 anos encontrada morta à facada numa floresta em França. Homicida confessou
Uma criança francesa de 11 anos foi encontrada morta à facada, no sábado de manhã, numa floresta na cidade de Epinay-sur-Orge, a cerca de 20 quilómetros a sul de Paris. O principal suspeito do homicídio já confessou o crime.
Corpo do artigo
Louise estava desaparecida desde que saiu das aulas, na tarde de sexta-feira passada, e foi encontrada a apenas algumas centenas de metros da escola no dia seguinte.
Na noite de segunda-feira, a polícia francesa deteve um homem de 23 anos, cujo ADN foi encontrado nas mãos de Louise, segundo o Ministério Público. De acordo com o jornal francês "Le Parisien", o suspeito foi identificado como Owen L., que terá esfaqueado dez vezes a criança. Descrito como "viciado em videojogos online", vive perto da casa dos pais de Louise e apresentava arranhões e cortes nas mãos.
Esta quarta-feira, os procuradores anunciaram que o principal suspeito do assassinato confessou o crime. "Admitiu as acusações contra ele enquanto estava sob custódia", disse o procurador Gregoire Dulin, em comunicado.
Por outro lado, ainda não é conhecido o motivo do ataque. Nesta fase, nem a teoria de um crime sexual nem de roubo parecem ser a causa do homicídio, uma vez que não foram encontrados vestígios de violação no corpo da criança e o seu telemóvel foi encontrado intacto. Os investigadores também não encontraram evidências de qualquer disputa entre o suspeito e a vítima, embora se possam ter cruzado na vizinhança.
As autoridades estão a investigar a hipótese de um ato sádico, cometido sem razão após um acesso de violência e raiva. Embora não fosse conhecido por ter transtornos psiquiátricos, Owen L. podia ser "muito violento, tendo já sido detido por ter espancado a irmã mais nova diversas vezes à frente dos pais. Segundo o jornal "Actu17", os investigadores estão a explorar a hipótese de Owen L. ter atacado Louise após uma derrota num videojogo online.
Os pais e a namorada do suspeito, Laurianne B., de 24 anos, também foram detidos por suspeita de não denunciarem um crime, de acordo com a acusação. Segundo a imprensa francesa, a lei pune com até três anos de prisão quem sabe de um crime e não dá o alarme, embora o código penal tenha regras mais flexíveis para familiares diretos.
"Todo a cidade está em choque", disse a ministra da Educação, Elisabeth Borne, na terça-feira, durante uma visita a uma escola primária em Paris.
Em frente à escola André Maurois, que Louise frequentava, foram colocadas flores e velas e foi montada uma unidade de apoio psicológico na câmara municipal.
Está também a ser organizada uma angariação de fundos de apoio à família de Louise, que já arrecadou mais de 16 mil euros.