Uma menina sueca de 15 anos foi salva do Estado Islâmico por forças especiais curdas pela segunda vez, na última semana, depois de em 2015 ter fugido com o namorado de 19 anos para o Iraque.
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A ligação de Marilyn Stefanie Nevalainen ao Estado Islâmico (EI) começou em 2014, quando o namorado de 19 anos, Moqtar Mohammed Ahmed, começou a consumir propaganda do grupo terrorista e resolveu alistar-se no Estado Islâmico.
Sem saber o que era o EI, como explicou a uma televisão curda depois de resgatada, Marilyn iniciou em maio uma aventura que passou por oito países até chegar à Síria. Sem passaporte válido, a viagem foi feita de comboio, autocarro e à boleia para iludir as autoridades de países como Dinamarca, Alemanha, Hungria e Bulgária.
"Depois disso, o Estado Islâmico levou-nos de autocarro, juntamente com outros homens e mulheres, até Mosul, no Iraque, e aí tive a minha casa", revelou a menina à televisão curda. Mas aí, começou o choque e surpresa.
"Não tínhamos nada, nem eletricidade, nem água, nada e era uma vida completamente diferente da que tinha na Suécia", explicou a sueca de 15 anos, que tinha casado no início de 2015, ainda em Estocolmo, com o namorado.
"Não tinha dinheiro e a vida era muito dura. Quando tive acesso a um telefone, comecei a contactar a minha mãe e a dizer-lhe que queria ir para casa", disse a uma televisão curda.
Em outubro, as forças especiais curdas conseguiram resgatar Marilyn, que estava grávida e prestes a dar à luz, mas a menina conseguiu escapar e regressar para Mosul, onde deu à luz um rapaz, cujo paradeiro é até hoje desconhecido.
Na última semana, as forças curdas voltaram a responder aos apelos dos pais biológicos e adotivos da menina, e conseguiram pô-la em segurança, para a devolver às autoridades suecas.
Ainda no Curdistão, a menina garante que foi ludibriada para se juntar ao grupo terrorista.