
Assalto ao Louvre expôs as vulnerabilidades do Mundo da arte
Foto: Dimitar Dilkoff/AFP
O assalto ao Museu do Louvre voltou a expor uma verdade desconfortável: o Mundo da arte é vulnerável. Partem-se janelas, alarmes falham, peças passam de mão em mão e evaporam-se sem deixar rasto. Raramente ficam onde desaparecem: atravessam países e redes clandestinas que operam muito para lá da autoridade de um único país. Constrói-se um mercado clandestino que movimenta milhares de milhões de euros por ano. E, do outro lado, autoridades reforçam pontes, partilham dados, cruzam pistas numa tentativa de travar um crime que já não conhece fronteiras.
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Para a maioria das pessoas, os museus são lugares que guardam as mais famosas peças de arte, que podem ser admiradas por um preço relativamente baixo. Mas há quem tenha condições para os exibir por cima da lareira da sala em troca de alguns milhões de euros. Segundo o mais recente Relatório do Mercado de Arte, embora tenha havido uma queda de 12% em 2024, as vendas de arte e antiguidades foram estimadas em 57,5 mil milhões de dólares (cerca de 50 mil milhões de euros).

