Merkel, Hollande, Poroshenko e Putin discutem por telefone cessar-fogo na Ucrânia
Os líderes da Alemanha, França, Ucrânia e Rússia pediram, esta quinta-feira, que o cessar-fogo acordado em Minsk na semana passada seja "aplicado com rigor" e "sem exceções", segundo os relatos oficiais de uma teleconferência entre os quatro.
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O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, denunciou especialmente a ofensiva dos separatistas contra a cidade estratégica de Debaltseve e pediu "garantias internacionais" para o caso de novas violações da trégua, segundo fonte do seu gabinete.
O pedido foi feito horas depois de o presidente ucraniano ter requerido o envio de uma força de manutenção de paz internacional para o leste da Ucrânia.
Poroshenko sublinhou que a retirada de armamento pesado da linha da frente, definida no acordo mediado pela Alemanha e por França, só pode ocorrer quando o cessar-fogo for generalizado.
O presidente ucraniano pediu igualmente a libertação de todos os prisioneiros, "incluindo os que foram capturados perto de Debaltseve".
Em Berlim, fonte do governo indicou que o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu persuadir os separatistas a fazer uma troca de prisioneiros.
Poroshenko, Putin, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, estiveram todos de acordo na necessidade de a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) poder realizar a sua missão de observação do cessar-fogo sem obstáculos.
A missão da OSCE na Ucrânia tem-se queixado nos últimos dias de ser impedida de entrar em Debaltseve pelos separatistas pró-russos.
A declaração da presidência francesa sobre a conversa entre os quatro dirigentes refere que representantes da OSCE se vão reunir com as partes em conflito para "aplicar rapidamente" as medidas acordadas na semana passada na capital da Bielorrússia.
Os quatro dirigentes "apelaram para a aplicação de todo o pacote de medidas acordado em Minsk", incluindo um cessar-fogo total, a retirada do armamento pesado e a libertação de prisoneiros.