A polícia grega disparou gás lacrimogéneo diante do Parlamento em Atenas durante a manhã desta quarta-feira para dispersar os manifestantes concentrados no local. Os deputados gregos votam esta tarde um rigoroso plano de austeridade, tido como essencial para continuarem a receber a ajuda internacional.
Corpo do artigo
A polícia anti-motim tentava impedir que algumas barreiras fossem derrubadas pelos manifestantes, que responderam atirando garrafas e lixo.
O Parlamento grego começa esta quarta-feira a votar um impopular novo pacote de medidas de austeridade, sendo a votação encarada como decisiva para o futuro financeiro do país e da própria zona euro.
Os deputados irão pronunciar-se à tarde sobre o novo plano, que prevê cortes avaliados em 28,4 mil milhões de euros até 2015, e privatizações para angariar 50 mil milhões de euros.
Aprovação quase acertada
O Governo grego parecer ter assegurado uma maioria parlamentar para aprovar o impopular novo pacote de austeridade.
A maioria governamental socialista contou na última hora com o apoio inesperado de uma deputada do partido conservador Nova Democracia, que anunciou que irá contra a intenção de voto da sua força política, e irá votar a favor das novas medidas de austeridade.
"Espero que o meu voto favorável possa contribuir para ajudar o país a ir para a frente", afirmou a deputada conservadora Elsa Papadimitríu.
Também um dos deputados dissidentes do Partido Socialista grego (PASOK) mudou de opinião e irá votar a favor do novo plano de austeridade.
No total, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, poderá contar com o apoio de pelo menos 155 deputados.
Para a aprovação do novo pacote de austeridade são necessários 151 votos.