Cerca de 50 mil pessoas participaram, este sábado, em Budapeste, numa manifestação convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos para protestar contra as políticas de austeridade e exigir uma Europa mais social.
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A manifestação com o lema "Não às políticas de austeridade, por uma Europa social, por um salário e emprego justos" coincidiu com uma reunião de ministros das Finanças dos 27 em Gödöllö, a nordeste de Budapeste e reuniu perto de 50 mil pessoas, segundo estimativas da polícia.
Na manifestação participaram representantes de 45 confederações sindicais de 22 países europeus, incluindo Portugal, e no final os líderes sindicais dirigiram-se aos manifestantes.
"Aqui está a Europa dos trabalhadores que não se resignam", disse o secretário-geral do sindicato espanhol Comisiones Obreras, Ignacio Fernández Toxo.
Candido Mendez, secretário-geral da UGT espanhola, expressou a sua solidariedade com "os trabalhadores de Portugal, que estão a sofrer por políticas injustas".
As duas centrais sindicais portuguesas, CGTP e UGT, participaram na manifestação de Budapeste.
"Os trabalhadores não vão pagar o custo da crise", declarou John Monks, secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos. "É preciso reduzir a pressão sobre a Irlanda, a Grécia e Portugal", acrescentou, propondo que se "relance o crescimento em vez de baixar os salários" e defendeu o diálogo social.
Os manifestantes húngaros denunciaram o "autoritarismo" do governo de Budapeste que, segundo o presidente do sindicato Liga, Istvan Gasko, demonstra hipocrisia ao falar de um diálogo social que não existe.