Panelas, frigideiras e outros utensílios culinários barulhentos saíram às ruas nas mãos de milhares de espanhóis, em protesto contra os efeitos da crise e denunciando a gestão da mesma.
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Convocados pelo movimento dos indignados, iniciado a 15 de março de 2011, com a palavra de ordem "Não devemos, não pagamos", os protestos juntaram homens e mulheres de todas as idades, alguns com crianças.
Em Madrid, os manifestantes fizeram o percurso entre a sede da União Europeia até à emblemática praça da Puerta del Sol. Os protestos estenderam-se a outras cidades espanholas, nomeadamente Barcelona.
Os manifestantes contestam o financiamento dos bancos e os gastos que o Governo espanhol alega dedicar aos serviços públicos, nomeadamente à saúde e à educação.
Ainda que menos numerosos do que em anteriores protestos, o barulho foi maior, constatou a agência EFE. Gritando "não pagamos esta dívida", protestaram munidos de utensílios culinários e outros adereços sonoros, como tambores, apitos e até campainhas de bicicleta.
Com uma taxa de desemprego na ordem dos 25%, o Governo espanhol introduziu severas medidas de austeridade e reformas financeiras e laborais, numa tentativa de baixar o défice.
O país recebeu um empréstimo de cem mil milhões de euros dos países da Zona Euro, para ajudar à recuperação dos bancos.