A Resistência Islâmica no Iraque, um amálgama de milícias armadas pró-iranianas, anunciou na segunda-feira ter atacado duas bases com tropas norte-americanas no leste da Síria, na quinta ação num só dia contra instalações com pessoal norte-americano em território sírio.
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O grupo disse em comunicado que atacou com drones as bases dos campos petrolíferos de Al Omar e Al Shaddadi, sem fornecer mais pormenores sobre a operação, a quinta do género num só dia.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos atribuiu a "milícias iranianas" o ataque a Al Omar, que alberga a maior base na Síria da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, que combate o grupo terrorista Estado Islâmico.
A ONG sediada no Reino Unido, que tem uma extensa rede de parceiros no terreno, disse ter registado "duas explosões" nas proximidades da área, localizada na província de Deir al-Zur, no leste da Síria.
De acordo com o Observatório, o ataque foi efetuado por drones contra um centro de munições. A ONG não forneceu mais pormenores sobre se houve vítimas ou danos.
Até ao momento, nem os Estados Unidos nem a coligação internacional fizeram qualquer declaração sobre estas ações, que surgem depois de as milícias iraquianas terem avisado, nas últimas semanas, que atacariam bases americanas na região se a escalada militar de Israel contra Gaza não parasse.
A Resistência Islâmica no Iraque reivindicou hoje a responsabilidade por ataques a três outras bases norte-americanas no leste da Síria: al-Tanf, al-Rukban e al-Malikiya, todas elas perto da fronteira iraquiana.
O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) afirmou na rede social X (antigo Twitter) que as tropas norte-americanas destruíram "dois drones de ataque unidirecional", que visavam as forças da coligação internacional no sudoeste da Síria, sem perda de vidas ou bens.
"Neste momento de alerta extremo", o Centcom está a "acompanhar de perto a situação", e adverte que tomará as "medidas necessárias e proporcionais para defender as forças dos Estados Unidos e da coligação", acrescentou.
Estas ações surgem em resposta aos bombardeamentos e ao cerco israelita à Faixa de Gaza, e depois dos grupos reunidos na Resistência Islâmica no Iraque terem avisado que atacariam bases americanas em caso de escalada do conflito e de uma eventual intervenção militar de Washington em apoio de Israel.
Perante esta sucessão de ações, o Pentágono anunciou a instalação de baterias antimíssil em várias partes da região para "aumentar a proteção das tropas americanas".