Milionário brasileiro morre baleado após confundir polícia com ladrões. Uma agente morreu
Rogério Saladino, um empresário brasileiro de 56 anos, achou que dois agentes policiais eram assaltantes disfarçados para o roubar e causou um tiroteio. Saladino, o seu segurança e uma polícia acabaram por ser atingidos e morrer.
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Rogério Saladino estava na sua mansão, no bairro Jardim América, em São Paulo, quando dois agentes da Polícia Civil, que investigavam um assalto que terá ocorrido na noite anterior na mesma zona, lhe bateram à porta. As autoridades queriam que o empresário lhe fornecesse imagens de videovigilância para ajudar com a investigação do roubo, mas Saladino pensou que eram assaltantes disfarçados de polícia a tentar invadir a casa.
O milionário brasileiro dirigiu-se rapidamente para a garagem, de onde voltou a sair com uma arma na mão e outra na cintura. Começou a disparar imediatamente, acertando em Milena Estevam, de 39 anos. A agente da polícia morreu no local e o seu colega disparou contra Saladino, que foi atingido no tórax e acabou também por morrer. O segurança do empresário, de 49 anos, ao ver a situação, tentou aproximar-se da arma do seu chefe, mas foi atingido mortalmente pelo polícia. Saladino e o seu segurança, Alex Mury, ainda foram levados para o hospital, mas não sobreviveram.
Os dois agentes faziam parte do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e estavam a utilizar um carro descaracterizado, mas traziam com eles os distintivos da Polícia Civil. Segundo declarações de Fábio Lopes, diretor do Deic, à G1, Saladino achou que estava a ser assaltado, "mas fez tudo mal".
"Ele estava seguro dentro de casa. A casa tem janelas blindadas, estava com os portões todos fechados se ele desconfiasse de alguma coisa o que ele tinha que ter feito era ligar para Polícia Militar ou para a Polícia Civil", arescentou o dirigente do departamento. "Mas não. Ele achou por bem fazer essa loucura, pegou em duas armas e saiu a disparar."
Milionário já tinha sido condenado por homicídio
Rogério Saladino, de 56 anos, era dono do Grupo Biofast, uma rede de laboratórios de análises clínicas e de imagem. Chegou a ser mencionado, mais do que uma vez, como sendo uma das 100 pessoas mais influentes na área da saúde. O empresário deixa a namorada e um filho adolescente.
A sua família emitiu um comunicado a pedir que a privacidade de Saladino e dos familiares fosse respeitada, após a polícia divulgar que o brasileiro já tinha sido condenado por um homicídio anos antes, por lesão corporal e por um crime ambiental.
Os crimes ambientais dizem respeito à retirada de cascalho pela câmara de Natividade da Serra de propriedades da família de Saladino e o homicídio ocorreu há 25 anos, quando o empresário atropelou uma pessoa. "Uma fatalidade, no qual o empresário Rogério socorreu a vítima", lê-se na nota partilhada pela família.