Uma alta patente militar confirmou, esta quinta-feira, à agência AFP que o Presidente egípcio deposto está sob detenção, no Ministério da Defesa, como tinha revelado um responsável da Irmandade Muçulmana.
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"Está detido preventivamente para os preparativos finais", disse o militar sugerindo que Mohamed Morsi poderá enfrentar acusações formais relacionadas com as denúncias feitas pelos seus adversários políticos.
O Presidente egípcio deposto, Mohamed Morsi, foi separado dos seus assessores e levado para o Ministério da Defesa do país, referiu um dirigente da irmandade Muçulmana.
Citado pela agência AFP, Gehad El-Haddad, filho daquele que é considerado o braço direito de Morsi, explicou que o Presidente deposto tinha sido levado para as instalações do Ministério da Defesa e que os seus assessores tinham ficado detidos nas instalações militares para onde todos foram conduzidos num primeiro momento.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon mostrou-se preocupado com a situação. "Muitos egípcios expressaram profundas frustrações e preocupações legítimas e ao mesmo tempo a interferência militar nos assuntos de um país é motivo de preocupação", disse o gabinete do porta-voz da ONU em comunicado.
Depois de salientar que a transição de poder no Egito atravessa um momento "delicado" após o anúncio das Forças Armadas de nomeação de um novo Presidente interino e a suspensão da Constituição, Ban Ki-moon recordou que Mursi "não aceitou" as decisões.
Para o Secretário-Geral das Nações Unidas é urgente e "crucial" que seja restaurado um governo civil no país de forma "rápida" e de acordo com os princípios da democracia.