
A viagem dos rinocerontes-negros entregues ao Ruanda
EPA
Após meses de carinho por parte dos cuidadores, cinco rinocerontes-negros nascidos em zoológicos da Europa foram libertados com sucesso no Ruanda, em África.
Na passada segunda-feira, três fêmeas e dois machos rinocerontes-negros-orientais, subespécie do rinoceronte-negro, nascidos em zoológicos distintos na Europa, foram libertados com sucesso no Parque Nacional de Akagera, no Ruanda, em África.
Provenientes do parque inglês Flamingo Land, em Yorkshire, do safari parque Dvur Kralove, na República Checa, e do parque Ree Park Safari, na Dinamarca, os cinco rinocerontes-negros, entre os dois e os nove anos de idade, estiveram reunidos a prepararem-se para a viagem na República Checa, em Dvur Kralove, desde o final de 2018.
Antes da viagem bem-sucedida, os cuidadores responsáveis pelos rinocerontes explicam que passaram meses dentro das caixas de transporte dos animais a abraçá-los e a mimá-los, de forma a prepará-los para a viagem, segundo o jornal inglês "The Telegraph".
"O processo de preparação levou vários meses. Começou no outono do ano passado quando dois animais foram trazidos da Dinamarca e de Inglaterra. Eles começaram a criar ligação, o que leva sempre semanas porque os rinocerontes-negros são animais muito atentos e nervosos", explicou Jaromir Sejnoha, do safari parque Dvur Kralove.
"Na fase final (dos preparativos) o rinoceronte é treinado para ficar dentro da caixa por vários minutos. Nós alimentámo-los e abraçamos, para que não tivessem medo da caixa e se habituassem a ela, e assim, no dia de transporte eles não ficariam nervosos e tudo aconteceria calmamente", disse Jaromir Sejnoha.
Transportados de avião até ao habitat natural, no parque, outros 18 rinocerontes da mesma espécie já esperavam pelos novos residentes. Jes Gruner, gerente do parque, disse à agência Reuters que existem apenas cerca de mil rinocerontes-negros mantidos na natureza, o que coloca a espécie em risco de extinção.
