O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitou ao Ministério da Defesa brasileiro, na terça-feira, os relatórios da fiscalização às urnas feita pelas Forças Armadas. O ministro Paulo Sérgio Nogueira comprometeu-se a entregar os documentos no prazo de 48 horas dado pelo TSE, segundo o jornal "Folha de S. Paulo". A auditoria aponta para nenhum problema que tenha comprometido o resultado da primeira volta.
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O presidente do TSE alegou que as notícias de que Jair Bolsonaro teria recebido os relatórios dos militares "parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo chefe do Executivo". Alexandre de Moraes ainda acusou as Forças Armadas de "desvio de finalidade e abuso de poder".
O TSE autorizou os militares, em setembro, a realizarem a auditoria a um número restrito de urnas no Brasil. A aprovação ocorreu depois da pressão feita pelo Ministério da Defesa, que pediu urgência no acesso ao código-fonte das urnas eletrónicas em agosto (disponível desde 2021).
Transporte gratuito
O Supremo Tribunal Federal julgou ontem a possibilidade de os municípios brasileiros oferecerem transporte público gratuito durante a segunda volta, no dia 30. Até esta quarta-feira, a votação estava quatro a zero a favor da gratuitidade.
O juíz Luís Roberto Barroso classificou a ação como "justificável", pois ajudaria a diminuir a abstenção dos eleitores. No entanto, a autarquia de São Paulo, a maior cidade do país, confirmou hoje que não adotará a medida.