O Ministério da Saúde libanês anunciou, este sábado, que três socorristas foram mortos por um ataque israelita a uma equipa da Defesa Civil que estava a apagar incêndios no sul do Líbano.
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"O inimigo israelita teve como alvo uma equipa da Defesa Civil libanesa que estava a apagar incêndios, causados pelos recentes ataques israelitas na aldeia de Froun, que resultaram no martírio de três socorristas", disse o ministério num comunicado, citado pela agência France-Presse, acrescentando que outras duas pessoas ficaram feridas, uma das quais em estado crítico.
Na mesma nota, a agência Efe, cita que o ministério condenou este "flagrante ataque israelita dirigido contra uma equipa de um aparelho oficial afiliado ao Estado libanês, assinalando que é o segundo deste tipo contra uma equipa de ambulância em menos de 12 horas".
O ministério afirmou ainda que a "insistência do inimigo israelita em acumular este tipo de ataques proibidos pelo direito internacional não é mais do que uma afirmação da sua barbárie e intenções agressivas, que não deixam espaço para o desempenho de tarefas humanitárias".
Os socorristas foram chamados pelo Ministério da Saúde após o início de um incêndio provocado por um ataque contra esta população, refere a nota.
O Hezbollah reivindicou até sete ataques ao longo do dia, alguns em retaliação pelas ações israelitas contra cidades no sul do Líbano.
O Exército israelita informou hoje ter detetado a chegada de cerca de 45 projéteis disparados do Líbano em direção a alguns pontos da fronteira norte, a maioria dos quais foram intercetados e não provocaram feridos.
Confirmou ainda que atacou uma infraestrutura militar do grupo xiita Hezbollah e um lançador utilizado para disparar 'rockets' em Qabrikha.
A fronteira entre Israel e o Líbano tem estado num pico de tensão desde 2006, com uma intensa troca de tiros desde outubro que custou a vida a mais de 600 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah.