O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol vai pedir à Câmara Municipal de Madrid autorização para retirar dois brasões franquistas da fachada da sua sede, de forma a cumprir a Lei da Memória Histórica.
Corpo do artigo
O ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, pediu alguns dias após a tomada de posse, em julho, "a remoção imediata dos brasões e outros símbolos relacionados com o regime franquista", informaram à agência EFE fontes do ministério.
A Associação para a Recuperação da Memória Histórica (ARMH) solicitou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, em novembro, que retirasse os dois símbolos da fachada da sua sede, no Palácio de Santa Cruz, em Madrid, para cumprir a Lei da Memória Histórica, de 2007.
De acordo com esta organização, o Ministério dos Negócios Estrangeiros limitou-se a cobrir os dois brasões de armas com uma lona branca.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros recorda que a remoção destes símbolos requer uma licença municipal de obras. Para o efeito, está a elaborar um projeto técnico que apresentará à Câmara Municipal de Madrid para aprovação, que permitirá retirar os brasões de armas, acrescentaram as mesmas fontes.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros está também a fazer um inventário de mobiliário, louça e outros objetos com simbolismo franquista para os transferir para o Arquivo Histórico de Salamanca ou para algum outro organismo responsável pela guarda deste material.
Quando foi embaixador em França, antes de ser nomeado ministro, Albares ordenou a remoção de louça e outros objetos com símbolos da ditadura, que foram transferidos para o Arquivo de Salamanca.