O ministro da Economia romeno negou, esta terça-feira, que o seu país venda armas à Ucrânia, rejeitando as acusações do chefe do Estado-Maior da Rússia, que apontou a Roménia como um dos quatro maiores fornecedores militares de Kiev.
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"O que posso dizer é que o Ministério da Economia não tem registo de contratos diretos feitos entre empresas romenas e empresas ou autoridades ucranianas", afirmou Florin Spataru, durante um evento na cidade romena de Craiova, citado pela agência de notícias estatal Agerpres.
Segundo o ministro, Moscovo divulgou informações que "não estão devidamente fundamentadas".
"No Ministério da Economia [romeno] não temos, neste momento, contratos válidos para fornecer equipamentos ou munições produzidos na Roménia", referiu ainda.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valeri Gerasimov, garantiu, em 22 de dezembro, que "a maior parte das armas" da Ucrânia foram fornecidas pelos Estados Unidos, Reino Unido, Polónia e Roménia.
A Roménia vai receber um reforço de militares norte-americanos no âmbito da operação da NATO para defender os países do Mar Negro de eventuais ataques da Rússia.
O Mar Negro banha as costas de alguns parceiros da Aliança Atlântica, como a Roménia e a Bulgária, mas também de outros países, como a Ucrânia.
Desde que anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, a Rússia tem controlado parte desse mar interior do sudeste europeu.