Os ministros do Interior e da Justiça dos países do G8 admitiram este sábado, em Roma, "a necessidade urgente de cooperação internacional" para fazer frente à pirataria marítima.
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Numa declaração comum adoptada em Roma no final de uma reunião de dois dias, os ministros informaram ter "discutido os desafios jurídicos da luta contra a pirataria, que é motivo de preocupação para todos devido às suas fortes consequências para a economia, a segurança e a estabilidade regional".
"Os Estados têm o direito de perseguir os piratas", prossegue a declaração, que reconhece "a necessidade de cooperação a nível internacional para resolver as questões jurídicas e políticas ligadas à investigação e perseguição" à pirataria.
"É preciso assegurar que os piratas sejam conduzidos à justiça porque só assim serão asseguradas a credibilidade e a eficácia das medidas nacionais e internacionais contra a pirataria", considera o documento.
A declaração incentiva os países cujos cidadãos ou navios são vítimas dos piratas a instaurar processos contra estes, bem como a cooperação judicial entre Estados.
Por último, os oito países do G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido, Rússia) prometem aumentar o combate aos piratas, capturando-os e apoiando todas as iniciativas que visem dotar a comunidade internacional de um quadro legal adequado à luta contra a pirataria.
O G8 também admitiu nesta reunião que o terrorismo internacional conserva uma "capacidade ofensiva significativa" e que a sua radicalização causa "particular preocupação".
"A análise da ameaça mostra que os grupos terroristas internacionais mantêm uma capacidade ofensiva significativa e que fazem prova de uma grande flexibilidade de organização, adaptando a sua estrutura aos diferentes contextos", refere o comunicado.
"A capacidade permanente de radicalização e recrutamento gerados pelo terrorismo internacional suscita uma especial preocupação", acrescenta o documento.
Os ministros do Interior e da Justiça do G8 recordam que a despeito dos "esforços e sucessos obtidos pela comunidade internacional" na luta contra esta calamidade, "o terrorismo ainda representa uma das ameaças mais graves à segurança internacional".
Neste contexto, "a cooperação antiterrorista entre os países do G8 é essencial, sendo importante que continue a ser reforçada", refere o comunicado final.
"A troca operacional de informações sobre os movimentos financeiros dos grupos terroristas, por exemplo, é muito importante", sublinhou o ministro da Justiça italiano, Angelino Alfano, ao apresentar à imprensa as conclusões da reunião.
Os ministros do G8 também adoptaram uma declaração sobre a luta contra a pedofilia na Internet.