
A aterragem vai ocorrer no campo de Dongfeng, na região autónoma chinesa da Mongólia
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A tripulação chinesa da missão Shenzhou-20 regressa hoje à Terra a bordo da cápsula de emergência Shenzhou-21, depois de terem sido detetadas fissuras na nave inicialmente prevista para o regresso.
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Em comunicado, a Agência de Missões Espaciais Tripuladas da China (CMSA, na sigla em inglês) indicou que os astronautas Chen Dong, Chen Zhongrui e Wang Jie "estão em boas condições" e que a aterragem vai ocorrer no campo de Dongfeng, na região autónoma chinesa da Mongólia Interior, onde as equipas de resgate "ultimam os preparativos". A hora exata da aterragem não foi divulgada.
Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, foram identificadas "microfissuras" no vidro de uma das janelas da cápsula de retorno da Shenzhou-20, provavelmente causadas por impactos de detritos espaciais, o que levou à sua substituição por razões de segurança.
A cápsula da Shenzhou-20 permanecerá em órbita para testes, e a tripulação regressará na nave Shenzhou-21, acoplada à estação espacial Tiangong como veículo de emergência.
Os três astronautas têm estado na Tiangong em simultâneo com a tripulação da missão Shenzhou-21, que chegou à estação a 01 de novembro. Lançada em abril, a missão Shenzhou-20 passou mais de seis meses em órbita, realizando experiências científicas e testes técnicos no âmbito do programa chinês de exploração espacial.
No mesmo comunicado, a CMSA anunciou que o lançamento da missão Shenzhou-22 acontecerá "num momento oportuno", sem especificar datas, após o adiamento do regresso da Shenzhou-20, que poderá ter afetado a rotação habitual das cápsulas de emergência acopladas à estação.
A Tiangong (Palácio Celestial, em chinês), projetada para operar durante pelo menos dez anos, poderá tornar-se a única estação espacial habitada no mundo quando a Estação Espacial Internacional for desativada, previsto para o final desta década.
A China tem reforçado o seu programa espacial com missões ambiciosas como colocar a sonda Chang"e 4 no lado oculto da Lua e enviar a sonda Tianwen-1 a Marte, além de planos para construir, com outros países, uma base científica no polo sul lunar.
