O exército russo atacou, esta quarta-feira, Odessa, no momento em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, visitavam este importante porto do sul da Ucrânia, causando "mortos e feridos", segundo o chefe de Estado.
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"Hoje assistimos a este ataque. Sei que houve vítimas. Há mortos e feridos", afirmou o presidente ucraniano, sem dar mais pormenores, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro grego, segundo a agência Ukrinform.
"No final [da visita às instalações portuárias], ouvimos o som de sirenes antiaéreas e explosões muito perto de nós. Não tivemos tempo para nos abrigarmos", disse Mitsotakis, após o bombardeamento, descrevendo-o como "uma experiência impressionante".
O primeiro-ministro grego salientou que "esta guerra afeta toda a gente e não poupa ninguém".
De acordo com a estação de televisão privada grega SKAI, ocorreram várias explosões a menos de 200 metros das comitivas em que seguiam Zelensky e Mitsotakis. Imediatamente após as explosões, o comboio grego desviou-se da sua rota pré-determinada, seguindo as instruções das autoridades ucranianas, disse a SKAI.
Os dois dirigentes participaram numa cerimónia de homenagem às 12 vítimas, incluindo cinco crianças, do recente ataque russo a uma zona residencial de Odessa, no passado fim de semana.
UE condena ataque russo
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, denunciaram nas redes sociais o episódio, que Michel afirmou ser "mais um sinal das tácticas cobardes da Rússia na sua guerra de agressão contra a Ucrânia".
O ataque a Odessa durante a visita de Volodymyr Zelensky e Kyriakos Mitsotakis é um ato "repreensível" e "está abaixo mesmo dos padrões do Kremlin", disse o presidente do Conselho Europeu, que reiterou que a UE não hesitará em apoiar a Ucrânia.
Por seu lado, a líder do executivo europeu expressou a sua condenação do "vil ataque russo" contra Odessa, enquanto os líderes ucraniano e grego se encontravam em visita.
"Ninguém se deixa intimidar por esta nova tentativa de terror, certamente nem os dois líderes no terreno nem o corajoso povo da Ucrânia", disse Von der Leyen. "Mais do que nunca, estamos ao lado da Ucrânia", sublinhou.