As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram esta madrugada que intercetaram um míssil proveniente do Iémen, depois de este ter feito soar alarmes em Jerusalém e perto do mar Morto.
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"Na sequência dos alertas que foram recentemente ativados na zona de Jerusalém e do mar Morto, um míssil lançado do Iémen foi intercetado antes de entrar" no espaço aéreo do país, informou o exército israelita, na rede social X.
Momentos antes, as IDF tinham comunicado, na mesma rede social, a ativação de alertas em "várias zonas do país" em resultado de "um lançamento do Iémen" e tinha anunciado que o incidente já estava "sob investigação".
O serviço de emergência israelita Magen David Adom informou que "não houve registo de feridos", apenas algumas pessoas com sintomas de ansiedade.
O lançamento aconteceu horas depois de um ataque aéreo ter atingido a capital do Iémen, Saná, indicaram os rebeldes Huthis, que acusaram os Estados Unidos e o Reino Unido de conduzirem esta nova ofensiva.
Na plataforma de mensagens Telegram, os rebeldes iemenitas, que são apoiados pelo Irão e controlam grande parte do Iémen, descreveram o ataque como "uma agressão americana e britânica", com testemunhas a relatarem à agência de notícias France-Presse uma explosão.
Israel, os Estados Unidos e o Reino Unido não reagiram ainda às alegações dos Huthis.
Na quinta-feira, ataques israelitas contra locais controlados pelos rebeldes, incluindo o aeroporto de Saná, bases, centrais elétricas e instalações portuárias noutras partes do Iémen, fizeram seis mortos, de acordo com os rebeldes.
Na madrugada de sexta-feira, as IDF anunciaram ter intercetado um primeiro míssil balístico proveniente do Iémen.
O serviço Magen David Adom indicou que, embora não tenha havido vítimas ou feridos em consequência direta do abate do míssil, 18 pessoas ficaram feridas quando tentavam chegar a abrigos antiaéreos.
O lançamento do míssil afetou também temporariamente as operações no mais importante aeroporto de Israel, Ben Gurion, situado a 45 quilómetros de Jerusalém.
De acordo com a imprensa israelita, quatro voos provenientes da Europa tiveram de adiar brevemente a aterragem.
Poucas horas depois, os rebeldes iemenitas Huthis reivindicaram o ataque contra o aeroporto e afirmaram também ter utilizado drones para atacar a cidade de Telavive, no centro de Israel, e um navio no mar Arábico.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada em 7 de outubro de 2023 com um ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas em solo israelita, os Huthis têm lançado ataques contra Israel, em solidariedade com os palestinianos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, voltou a garantir na quinta-feira que o país continuaria a atacar os rebeldes do Iémen, ao mesmo tempo que prossegue uma ofensiva na Faixa de Gaza contra o Hamas.