Um monge tibetano imolou-se na quinta-feira em protesto contra a ocupação chinesa, informaram, esta sexta-feira, organizações de Direitos Humanos, sem referirem se sobreviveu ou não.
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As imagens de um homem deitado no chão enquanto as chamas de quase um metro o consumiam foram colocadas na página da Internet da emissora Free Asia (RFA), apoiada pelo Governo norte-americano.
O protesto ocorreu em Yushu, na província de Qinghai, noroeste da China, e protagonizado por Sonam Topyal, de 26 anos, disse o grupo da campanha "Free Tibete", com sede em Inglaterra.
As comunicações telefónicas e via Internet foram abaixo imediatamente a seguir à imolação e à interdição do local ao público, acrescentou o mesmo grupo de defesa dos direitos humanos.
A imolação é a sexta deste ano e a 142.ª relacionada com protestos contra a ocupação do Tibete desde 2009, adiantou a RFA, indicando que os mesmos são maioritariamente fatais.
A maioria dos tibetanos acusa o Governo central de repressão religiosa e de tentar acabar com a sua cultura, à medida que a etnia Han, a mais representada na China, se instala no Tibete.
Pelo contrário, Pequim condena os protestos de imolação, alegando que tem ajudado o Tibete a desenvolver-se.
Yushu é uma zona inóspita, situada no planalto tibetano e que foi atingida em 2010 por um sismo devastador que matou cerca de 2.700 pessoas.