Monica Lewinsky diz que a relação que manteve com o ex-presidente Bill Clinton "não foi agressão sexual" mas "constituiu um bruto abuso de poder".
Corpo do artigo
A ex-estagiária da Casa Branca escreveu na edição de março da "Vanity Fair" que está "maravilhada com a coragem" de todas as mulheres que têm confrontado as "convicções e instituições", associando-se desta forma ao movimento #MeToo.
Lewinsky revela ter sido diagnosticada com um stress pós-traumático depois do caso se ter tornado público e elogia o movimento por fornecer "segurança e solidariedade".
O caso de Monica Lewinski e Bill Clinton foi tornado público há 20 anos, em 1998, durante a investigação do procurador Ken Starr. As acusações levaram Clinton a mentir sob juramento.
Na sequência do movimento #MeToo, Lewinsky diz ter refletido e considera agora que a relação de cariz sexual que manteve com o ex-presidente "estava cheia de abusos de poder e privilégio". "Ele era meu chefe. Era o homem mais poderoso do planeta (...) Ele estava, na época, no auge da carreira, enquanto eu estava no meu primeiro trabalho fora da faculdade", escreveu Lewinsky.
O representante de Clinton não respondeu ao pedido de comentários na terça-feira.