O primeiro-ministro saudou esta segunda-feira o povo ucraniano e garantiu que Portugal continuará ao lado de Kiev na procurada de uma paz justa, inclusiva e duradoura, quando se assinala o terceiro ano desde o início da guerra na Ucrânia.
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Numa declaração escrita na rede social X, Luís Montenegro escreve que “é tempo de por fim a uma flagrante violação dos valores da democracia e do direito internacional”.
“No 3.° aniversário da agressão da Rússia contra a Ucrânia, saúdo o povo ucraniano pela sua bravura na defesa da liberdade, soberania e integridade territorial”, refere o primeiro-ministro.
E a mensagem termina com uma garantia: “Portugal esteve desde a primeira hora ao lado da Ucrânia no exercício do seu legítimo direito à autodefesa, e continuará ao seu lado na procura de uma paz justa, inclusiva e duradoura”.
Paz justa e duradoura só com a plena participação de Kiev
O presidente da República também salienta que Portugal vai continuar a apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário e que uma paz justa e duradoura só pode ser alcançada com a plena participação dos ucranianos.
Numa mensagem publicada no portal da Presidência da República na Internet, quando se assinala o terceiro aniversário da invasão da Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa lembra que na madrugada de 24 de fevereiro de 2022 a Ucrânia “foi surpreendida pelo início da violenta invasão da Federação Russa”.
“O presidente da República, hoje, como há três anos, condena inequivocamente a guerra injusta e ilegal da Rússia, perpetrada em violação flagrante da integridade territorial e soberania da Ucrânia, do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas. Portugal reitera o seu apoio à Ucrânia, pelo tempo que for necessário, e continua ao seu lado no caminho para a adesão à União Europeia e nas aspirações de pertença à NATO”, lê-se nesta mensagem.
Em relação à situação atual nos campos militar e diplomático, o chefe de Estado “presta homenagem à resistência e resiliência do corajoso povo ucraniano, apoiando os seus legítimos anseios por uma paz justa e duradoura”.
“Paz que só poderá ser alcançada com a plena participação da Ucrânia”, acentua o presidente da República.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Para assinalar a data, os líderes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu chegaram hoje a Kiev, onde irão manifestar apoio à Ucrânia e a Zelensky.
"Estamos hoje em Kiev porque a Ucrânia é a Europa. Nesta luta pela sobrevivência, não é apenas o destino da Ucrânia que está em causa. É o destino da Europa", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A Mensagem de Von der Leyen surge publicada nas redes sociais, acompanhada de um vídeo da chegada de comboio a Kiev ao lado do presidente do Conselho Europeu, o português António Costa.
A presidente da Comissão Europeia chegou acompanhada também por 24 dos seus 27 comissários e foi recebida na estação pelo chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriy Sibiga.
No comboio, a caminho de Kiev, von der Leyen defendeu que a União Europeia (UE) deverá acelerar a entrega imediata de ajuda militar à Ucrânia nas próximas semanas.