
Certeza do regresso a El Hierro conhecida hoje
Arquivo JN
O presidente do Governo das Canárias, Paulino Rivero, anunciou esta segunda-feira que os moradores de La Restinga poderão voltar a casa. Contudo, a decisão definitiva só é conhecida quando acabar a reunião de cientistas.
O regresso a La Restinga, na ilha de El Hierro, estava condicionado pela instalação de hidrofones, mecanismos que permitem a captação de sons debaixo de água, determinar a posição do centro da emissão e a direcção da fissura, assim como a detecção de um novo foco de emissão.
A instalação dos hidrofones já foi finalizada: estão a 2,4 quilómetros de distância e a 150 metros de profundidade.
No regresso a casa, os moradores vão contar com o apoio do Corpo Geral da Polícia que participará no dispositivo de segurança entretanto elaborado.
Em concreto, o Governo das Canárias destacou para El Hierro um dispositivo composto por 16 agentes e quatro veículos. Para além da participação no processo de volta a casa, os agentes vão fazer uma vigilância permanente da zona de risco e ficarão a postos para um futuro processo de evacuação, caso se afigure necessário.
Os moradores da comunidade piscatória, que estavam alojados em El Pinar, não receberam a notícia de ânimo leve e o facto de terem família levou-os a uma reflexão das consequências do regresso.
"Não me meto na toca do lobo. Imagine-se com filhos pequenos a ter que sair a correr durante a noite", afirma Anita, evacuada na passada terça-feira, e que se encontra a viver numa casa do município de El Pinar.
"Não voltaremos a La Restinga, nem passaremos pelo túnel", advertiu António, residente do povo, que se encontra à procura de casa para alugar em El Pinar, em declarações ao diário espanhol "El Mundo".
A Direcção Geral das Telecomunicações e Novas Tecnologias realizou, nos últimos dias, um importante reforço nas telecomunicações de El Hierro. Instalou infraestruturas adicionais para o caso de haver uma ruptura de alguma das existentes.
