A morte de Osama bin Laden, festejada um pouco por todo o Mundo, já levou vários países a reforçar a segurança, temendo represálias da al Qaeda.
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O secretário-geral da Interpol, Ronald K. Noble, felicitou, segunda-feira, os Estados Unidos e os aliados em todo o mundo pela operação que levou à localização e morte do líder da Al Qaeda Usama bin Laden no Paquistão e alertou para a necessidade de reforçar a segurança.
Numa mensagem divulgada no «site» da Interpol na Internet, a agência de polícia internacional pediu aos países membros para aumentarem a vigilância, elevando os níveis de segurança.
Noble disse que a morte de Osama bin Laden, 10 anos depois dos ataques de Setembro de 2001, é o fim de um símbolo do terrorismo global cujas acções resultaram na morte de milhares de inocentes nos Estados Unidos e em todo o mundo.
De acordo com Noble, a morte de bin Laden não representa o fim da al Qaeda e dos apoiantes que vão continuar com os ataques terroristas pelo mundo.
"Precisamos manter-nos unidos e focados na nossa cooperação e luta, não apenas contra esta ameaça global mas também contra o terrorismo de qualquer grupo em qualquer lugar", salientou.
O secretário-geral da Interpol lembrou que desde o 11 de Setembro de 2001, vários atentados terroristas foram perpetrados por vários grupos.
"Peço à rede internacional da Interpol, centros nacionais e agências de lei e segurança em cada um dos 188 países membros para estarem em alerta total em relação a actos de retaliação da al Qaeda pela morte do líder", acrescentou.
O Japão vai reforçar a segurança das suas bases militares para prevenir eventuais represálias após o anúncio da morte do líder da al Qaeda, anunciou segunda-feira o ministro japonês da Defesa, Toshimi Kitazawa, citado pela agência de notícias Jiji.
Morte do terrorista deve provocar retaliações no ocidente
A morte de Osama bin Laden é um marco simbólico na luta contra o terrorismo, sendo espectáveis retaliações com atentados terroristas no mundo ocidental, disse, segunda-feira, à Lusa o presidente do Observatório de Segurança e Criminalidade Organizada (OSCOT).
A morte de bin Laden é um "marco simbólico, mas não significa o fim do terrorismo", sendo "espectável retaliações dos 'franchisados' de bin Laden" no mundo ocidental, alertou o responsável do observatório José Manuel Anes.
A eliminação do terrorista mais procurado internacionalmente "representa o coroar de um conjunto de esforços, desde há muitos anos a esta parte", mas desta vez o "presidente [Barack] Obama teve uma estrelinha da sorte com a morte do líder terrorista", adiantou o presidente do OSCOT.