Os pais de Julen, o menino de dois anos que morreu na queda a um poço ilegal em Totalán, Málaga, em janeiro de 2019, chegaram a acordo com o dono do poço evitando, assim, o julgamento.
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David Serrano, dono da propriedade onde Julen morreu, aceita um ano de prisão e o pagamento de uma indemnização aos pais da criança.
O julgamento estava previsto arrancar na terça-feira mas, 24 horas antes, foi anunciado um acordo entre os pais de Julen e o único acusado de homicídio por negligência.
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As duas partes reuniram, esta segunda-feira de manhã, com os procuradores do caso no tribunal de Málaga para explicar os contornos do acordo, que prevê um ano de prisão para David Serrano por um crime de negligência grave e o pagamento de uma indemnização aos pais de Julen - Victoria Garcia e José Roselló. No entanto, mediante este acordo, o arguido evita cumprir pena pois não tem antecedentes criminais.
O proprietário do terreno será ainda obrigado a pagar os custos da operação de resgate de Julen, que decorreram durante 13 dias.
O acordo evita a realização do julgamento, que estava previsto começar na terça-feira, com seis sessões previstas até dia 30.
Julen tinha dois anos e caiu num poço em Totalán, Málaga, no dia 13 de janeiro. Foi encontrado sem vida, pela equipa de resgate, dia 25. Os 13 dias de operações, cheios de avanços e recuos, colocaram os olhos de Espanha e do Mundo na pequena localidade de Totalán. O poço tinha 25 centímetros de diâmetro e mais de 100 de profundidade. Julen caiu direto até aos 71 metros, onde o corpo foi encontrado coberto de terra. A autópsia revelou múltiplas contusões, coincidentes com o impacto nas paredes do túnel durante a queda. Aconteceu no terreno de um tio de Julen. O poço tinha sido aberto a 18 de dezembro de forma ilegal. Terá sido tapado com uma pedra, removida depois devido a obras, também sem autorização legal.