O trabalhista Sadiq Khan será o primeiro muçulmano a dirigir uma capital da União Europeia. Khan conseguiu 44% dos votos, contra 35% de Goldsmith.
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O Partido Trabalhista ('Labour') reivindicou, esta sexta-feira, a vitória do seu candidato Saqiq Khan à câmara municipal de Londres, que se torna no primeiro presidente da câmara muçulmano numa capital da União Europeia.
"Parabéns, @SaqiqKhan. Estou impaciente de trabalhar contigo para fazer de Londres uma cidade justa para todos", declarou na rede social Twitter o chefe do 'Labour', Jeremy Corbyn, enquanto os resultados oficiais do escrutínio, que decorreu quinta-feira, são aguardados durante a noite de hoje.
A campanha ficou marcada por várias polémicas entre Khan, 45 anos, um filho de imigrantes que cresceu num bairro social e trabalhou como advogado de direitos humanos até entrar para um governo, em 2008, e Goldsmtih, 41, ambientalista e deputado conservador, filho do falecido magnata e político James Goldsmith.
Khan foi acusado de apoiar extremistas islâmicos, ou pelo menos não se distanciar deles o suficiente, no que foi qualificado pela sua equipa como uma "campanha suja".
Khan foi acusado de apoiar extremistas islâmicos, ou pelo menos não se distanciar deles o suficiente, no que foi qualificado pela sua equipa como uma "campanha suja".
Goldsmith foi associado a donativos de mais de 50 mil euros de promotores imobiliários que na semana passada receberam autorização da câmara de Boris Johnson para construir centenas de apartamentos de luxo. Um porta-voz da campanha rejeitou qualquer "sugestão de impropriedade" e assegurou que todos os donativos são "pronta e transparentemente declarados de acordo com as regras".
A crise da habitação é aliás a preocupação mais referida pelos londrinos, devido ao contínuo aumento do já elevado preço das casas, a que se juntam as previsões de que a população de Londres deverá aumentar de oito para dez milhões nos próximos 15 anos.
Sadiq Khan prometeu que metade das habitações que vierem a ser construídas será acessível e Goldsmith que até 2020 aumentará a construção para 50.000 habitações por ano, contra 25.000 atualmente.