Vice-presidente norte-americano manda recado para incentivar a extrema-direita europeia, incluindo o partido AfD. Ação pode ter efeito contrário no eleitorado, acredita especialista.
Corpo do artigo
O regresso de Donald Trump à Casa Branca, com os braços direitos Elon Musk e JD Vance, teve impacto também deste lado do Atlântico, incluindo numa Alemanha prestes a definir como será a próxima legislatura do Bundestag e, consequentemente, o futuro Governo. A extrema-direita norte-americana tenta usar o fôlego do recente triunfo eleitoral para ajudar o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), segunda força política nas sondagens relativas às legislativas de amanhã.
O vice-presidente dos EUA voltou a atacar a Alemanha anteontem, alegando que “toda a Defesa [alemã] é subsidiada pelo contribuinte americano”. Durante a cimeira CPAC, Vance repetiu as declarações que deixaram a Europa atónita na Conferência de Segurança de Munique, na semana anterior, condenando a existência de um “brandmauer”, tabu à extrema-direita, no país.