
Sylvia Bongo estava em prisão domiciliária desde o golpe de Estado de 30 de agosto
Gabriel Bouys / AFP
A franco-gabonesa Sylvia Bongo, mulher do presidente deposto do Gabão, foi transferida esta quinta-feira pelas autoridades gabonesas para o estabelecimento prisional de Libreville.
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A ex-primeira dama, que se encontrava em prisão domiciliária desde o golpe de Estado de 30 de agosto, é acusada de branqueamento de capitais, de recebimento de bens roubados, falsificação e uso de falsificação, segundo o procurador-geral do Gabão, André Patrick Roponat.
O advogado de Sylvia confirmou a prisão e classificou o procedimento “arbitrário e ilegal”. “Há uma diferença entre justiça e ações arbitrárias, entre a lei e a vingança”, acrescentou.
Os golpistas acusam a franco-gabonesa e o seu filho, Nourredin Bongo Valentin, de manipular o ex-presidente, que não estará completamente recuperado de um AVC que teve em 2018. De acordo com os militares, foram os dois que verdadeiramente governaram o país rico em petróleo durante os últimos cinco anos e usaram indevidamente o dinheiro público.
Ali Bongo, o antigo presidente do Gabão, e vários membros da sua família foram colocados, pelos militares, em prisão domiciliária por alegada alta traição contra as instituições do Estado e desvio maciço de fundos públicos, entre outras acusações. A junta gabonesa anunciou a libertação de Bongo no dia 6 de outubro, por motivos de saúde, mas os restantes membros da família continuam impedidos de sair de casa.

