Uma mulher do estado do Missouri, EUA, que alega ter desenvolvido cancro do útero após o uso de produtos de alisamento para cabelo da L'Oreal americana, processou a empresa por "fraude e negligência" na passada sexta-feira.
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Jennifer Mitchell abriu um processo contra a empresa de cosméticos, após a divulgação do novo estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute, que estabelece uma relação entre o uso de produtos químicos para alisamento capilar e cancro uterino.
O estudo descobriu que o uso de produtos mais de quatro vezes por ano apresenta um maior risco de desenvolver cancro do útero. Apesar de ser raro, a sua incidência está a aumentar nos Estados Unidos, principalmente em mulheres negras.
Segundo a agência de notícias "Reuters", a sua advogada, Diandra Debrosse Zimmermann, afirma ter recebido queixas semelhantes e que haverá mais processos no futuro, já que "muitas mulheres se apresentarão nas próximas semanas e meses para procurar responsabilidades".
A queixosa afirma que foi diagnosticada com cancro do útero em 2018, após o uso de produtos da L'Oreal desde 2000, quando tinha 10 anos. Para além disso, acusa a empresa de cosméticos de comercializar os seus produtos não alertando sobre os riscos.
Este processo tem como objetivo obter uma indemnização por danos e prejuízos da filial americana da L'Oreal. A empresa ainda não ofereceu uma resposta imediata ao processo.