A polícia do Sri Lanka deteve uma mulher transgénero tailandesa por andar de topless num resort de surf e causar "perturbação pública", disse um polícia à AFP na terça-feira.
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A jovem de 26 anos, cujo passaporte tailandês indica que é do sexo masculino, mas que se identifica como mulher, declarou-se culpada, na terça-feira, de duas acusações de exposição indecente e de causar sofrimento a terceiros na Baía de Arugam. Um tribunal condenou-a a seis semanas de prisão com pena suspensa depois de publicações nas redes sociais a mostrarem a caminhar por uma faixa de praia turística na segunda-feira.
"Foi detida na esquadra durante a noite e levada hoje perante o magistrado, após muitas queixas de moradores e também nas redes sociais", disse um polícia local à AFP.
O magistrado suspendeu a pena por cinco anos, o que significa que não haverá detenção imediata. Qualquer reincidência, no entanto, resultará no cumprimento da pena de seis semanas.
A Baía de Arugam, a quase 400 quilómetros da capital Colombo, é um destino popular para a prática de surf.
A comunidade local, composta em grande parte por uma minoria muçulmana, queixou-se às autoridades, nas últimas semanas, de estrangeiros com pouca roupa.
Embora o Sri Lanka, um país de maioria budista com 22 milhões de habitantes, receba turistas, a nudez é proibida e a população em geral mantém uma postura conservadora. As mulheres fazerem topless é considerado crime, mas os homens podem andar de tronco nu.
O turismo é, desde há muito, uma importante fonte de divisas para o país, que ainda está a recuperar da sua pior crise económica em 2022. A economia estabilizou desde então, graças ao resgate do Fundo Monetário Internacional em 2023 e ao regresso dos turistas após a pandemia de covid-19.