Mulheres que acusam padre esloveno de abuso pedem retirada das suas obras de igrejas em todo o Mundo
Cinco mulheres que acusam um influente padre e artista esloveno de agressões sexuais, supostamente cometidas na década de 1990, pediram, esta sexta-feira, à Igreja Católica que retire suas obras de locais de culto em todo o Mundo.
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Marko Rupnik, um teólogo e artista de mosaicos de renome mundial, é acusado de cometer violência psicológica e sexual contra pelo menos 20 mulheres em quase 30 anos, especialmente na comunidade que liderou em Liubliana.
No entanto, as suas mais de 200 obras, expostas em Lourdes, Fátima, Damasco, Washington e até no Vaticano, "estão expostas em locais onde os fiéis se reúnem em oração (...) e causam inquietação nas almas dos fiéis", alegam as cinco mulheres numa carta aos bispos, consultada pela AFP. Por isso, pedem para "retirar as obras realizadas pelo padre Marko Rupnik das suas dioceses", indica a carta assinada pela sua advogada, Laura Sgro.
As denunciantes - uma italiana, uma francesa, uma eslovena e duas que desejam permanecer anónimas - afirmam que "muitas mulheres que sofreram lesões irreparáveis (...) revivem" o seu trauma com estes mosaicos.
Além disso, "foi descoberto que durante a criação de alguns mosaicos, pelo menos uma irmã foi agredida sexualmente" e outras mulheres denunciaram abusos enquanto serviam de modelo para o padre.
A Companhia de Jesus, ordem da qual o papa Francisco é membro, expulsou Rupnik em junho de 2023.