O Presidente norte-americano, Barack Obama, garante, numa entrevista divulgada esta segunda-feira, que os EUA ainda não conseguiram superar o legado da escravatura.
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"Não estamos curados do racismo", disse Obama, numa entrevista ao programa de rádio "WTF with Marc Maron", transmitida esta segunda-feira, dias depois do tiroteio numa igreja frequentada por uma comunidade maioritariamente negra em Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul.
O autor confesso do tiroteio, um jovem branco, matou nove pessoas aparentemente por motivos raciais. O jovem de 21 anos foi detido horas depois do incidente e arrisca-se a enfrentar a pena de morte.
"Não é só uma questão de não dizer a palavra 'negro' em público porque é de má educação. Não é isso que determina se existe ou não racismo", referiu Obama, o primeiro Presidente afro-americano na história dos Estados Unidos.
"Não é só uma questão de discriminação patente. As sociedades não apagam por completo, de um dia para o outro, o que se passou 200 ou 300 anos antes", acrescentou.
Barack Obama voltou a insistir que é possível atuar sobre estas matérias, defendendo medidas "de bom senso" para o controlo das armas nos Estados Unidos, para que tragédias deste tipo sejam "menos prováveis".